Lembras-te quando gostaste do Luís, aquele que era quatro anos mais velho que tu e que pertencia a uma banda, que aos poucos e poucos já ganhava fama? Sabias que era impossível virem a ter alguma coisa, não por ti mas sim pelo tipo de pessoa que ele era. Um daqueles que pensam que o dinheiro é tudo, que nunca ouviu um não e que sempre teve tudo o quis. Tu sabias que era completamente impossível mas não desististe. Justificavas-te dizendo que precisas de lutar e vencer, que precisavas de uma vitória na tua vida mas o que eu nunca te soube dizer é que é, por incrível que pareça, é quando deixamos de lutar que vencemos. Lamento não te ter dito nada mas só agora percebi. Não me perguntes porquê porque não te sei explicar. É um daqueles momentos em que eu me ponho a ler e a pensar no que as minhas personagens vão fazer no dia a seguir e, subitamente, vem-me à cabeça uma justificação qualquer acerca de um assunto qualquer. Isto eu sei que tu percebes. Mesmo não entendo a justificação em si. É por isso que eu gosto de ti. Não entendes tudo mas entendes o necessário.
Obrigada amiga,
Rita.

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