O Dado do Amor



- Tu fazes ideia do quanto eu te odiei?
- Tu não me odiaste, tu odiaste a minha atitude. – beijou-lhe os nós das mãos.
- Talvez. – apercebeu-se de que estava a ser fácil, afastou-se. – Não posso.
- Não podes porquê? – os olhos dele começaram a ficar vermelhos. – Não digas que não àquilo que o teu coração quer, deixa o orgulho de lado. – ao ver que ela não respondia, acrescentou. – Tu não tens motivo para não me beijares agora, agora mesmo. Para não dizeres que sentiste a minha falta e que me amas. Não tens motivo para não te entregar quando eu já me entreguei a ti. – caiu-lhe uma lágrima e depois daquele discurso, ela beijou-o.

Este beijo tinha sido diferente de todos os outros. Tinha tido tanta paixão, tanta saudade, tanto desejo que Filippo deixou que fosse ela a comandar a noite de amor deles. Ela derreteu-o por completo, ficou rendido à mulher da sua vida. Acordou com Mafalda a dormir, não ao seu lado mas sim em cima do seu peito. Beijou-lhe a cabeça, acariciou-lhe o braço e acordou-a com aquele carinho todo.
- Que bom acordar assim! – beijou-lhe o peito.
- Podes acordar assim todos os dias, basta entregares-te a mim. – tirou-lhe o cabelo da cara.
- Depois de uma noite como esta, ainda me pedes isso? Totó!

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